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Planejamento Estratégico – Guia de Gestão

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07/02/2021

Introdução

O que é?

O planejamento estratégico (PE) é um método responsável por guiar a empresa. É dentro do planejamento estratégico que a empresa define o porquê de sua existência, seus valores e aonde quer chegar. O PE também é composto por uma análise do ambiente, que mapeia forças e fraquezas internas e oportunidades e ameaças externas. Com estes dados em mãos, a empresa pode definir suas metas, ações e controles para alcançar seus objetivos.

Quais os benefícios?

Estruturar o planejamento estratégico permite que a empresa coloque as suas ideias e aspirações no papel. O primeiro passo para atingir-se um objetivo é elaborar um bom plano. Uma vez que o plano está traçado e documentado, torna-se fácil comunicar outras partes interessadas e os colaboradores da empresa. Outra vantagem da estrutura do planejamento estratégico é a empresa não correr o risco de saltar alguma etapa importante do processo de planejamento, garantindo assim mais chances de sucesso a médio e longo prazo.

Onde queremos chegar?

A estratégia tem sua essência na definição do norte, ou seja, o foco central de atuação e como serão alcançadas as necessidades da organização. Para isto é importante refletir sobre o compromisso que o engloba o negócio, seus funcionários, os clientes e a sociedade. Foco não consiste apenas em definir o que será feito, mas também o que não será feito.


Passo a Passo

Como fazer?

Neste guia preparamos um passo a passo com as principais etapas necessárias para construção do planejamento estratégico do seu negócio.

1. DEFININDO MISSÃO, VISÃO E VALORES DO NEGÓCIO

Uma empresa existe por algum motivo. A Missão é o item responsável por consolidar esse motivo, ou seja, consolidar o propósito da empresa. A Missão geralmente responde por que uma empresa existe, o que ela faz e para quem se destina. Já a Visão diz aonde a empresa deseja chegar e, geralmente, estipula um período para isso, normalmente um período de 3 a 5 anos. Por fim, os Valores são compostos pelos princípios guiadores da empresa. A definição destes parâmetros é um dos primeiros passos para criar-se uma identidade cultural dentro da organização.


Disponível em: https://www2.falconi.com/quem-somos/crenca-missao-sonho-e-valores/

2. ANÁLISE DA SITUAÇÃO ESTRATÉGICA

A situação estratégica de uma organização pode ser analisada segundo o seu passado e o seu presente:

As decisões tomadas no passado, que afetam a situação presente, chamada posição estratégica ou situação estratégia. O presente é resultado do comportamento histórico da organização, de um ponto qualquer no passado até o momento em que está sendo observada.

As decisões que estão sendo tomadas no presente e que afetam o futuro da organização. Essas decisões são planos estratégicos, que procuram definir o comportamento da organização daqui para frente.

Modelo de negócio

Que produtos ou serviços comercializamos? Quem são nossos clientes? Quem desejamos prospectar no futuro? Estamos desenvolvendo novos produtos? Quando foi que lançamos o último?

Vantagens competitivas

O que nos torna diferente dos concorrentes? O que gera valor para nossos cliente? Estamos trabalhando bem nossas vantagens?

Participação no mercado

Qual a nossa participação atual? Estamos aumentando ou reduzindo? Quais as perspectivas dos mercados em que atuamos?

Desempenho

Como está o desempenho da empresa? Como foi o desempenho de cada setor? Atingimos as metas? Quais as lacunas?

Uso de recursos

Que recursos a empresa possui? Onde estamos aplicando os nossos investimentos? Quais setores estão os talentos ou pessoas chave da organização?

3. ANALISANDO O AMBIENTE (INTERNO E EXTERNO) – SWOT

O próximo passo é aprofundar a análise sobre quais são os fatores críticos para o sucesso da estratégia. Em sua versão mais simples, a escola do design propõe um modelo de formação de estratégia que busca atingir uma adequação entre as capacidades internas e as possibilidades externas. Desta forma, a mais famosa ferramenta para análise do ambiente é a análise SWOT (abreviatura de Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats; forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, respectivamente), que busca avaliar aspectos internos e externos à empresa.

Na análise do AMBIENTE INTERNO são mapeados fatores internos e classificados como forças ou fraquezas. Esta lista busca destacar os recursos e competências principais em que a empresa tem desempenho abaixo da concorrência (fraquezas) ou que representam diferenciais para a organização (forças).

Na análise do AMBIENTE EXTERNO busca-se identificar fatores externos que podem auxiliar a empresa a atingir seus objetivos (oportunidades) ou que podem atrapalhar este percurso (ameaças). Para isto, os fatores podem ser divididos conforme as variáveis: ramo de negócio, ações de governo, tecnologia, conjuntura econômica, sociedade e ambiente competitivo (rivalidade entre concorrentes).

Os fatores são priorizados e posicionados na Matriz SWOT, onde temos os 4 quadrantes: Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. Após, cruza-se os dados mapeados, o que facilita a tomada estratégica de decisões. O cruzamento entre forças x oportunidades implica em decisões que tirem o máximo proveito das forças, a fim de aproveitar as oportunidades. O eixo forças x ameaças traz iniciativas que a empresa pode utilizar para minimizar as ameaças. O eixo oportunidade x fraquezas sugere ações que otimizem os pontos fracos, a fim de aproveitar as oportunidades. Por fim, o eixo fraquezas x ameaças envolve pensar em iniciativas que minimizem os pontos fracos, e, se possível, também contribuam para diminuir as ameaças.

4. CONSTRUINDO OBJETIVOS COM SMART E BSC

Uma vez que a empresa já definiu Missão, Visão e Valores, identificou sua situação estratégica e o ambiente está mapeado, ela está pronta para definir os seus objetivos estratégicos. Os objetivos estratégicos normalmente são definidos visualizando um horizonte de tempo menor em relação à visão.

Os objetivos precisam ser marcos tangíveis do que se pretende alcançar, e as metas, o detalhamento (em números) do resultado que se deseja. Para definição de Objetivos e metas uma prática chamada de SMART. Nela cada objetivo e meta deve atender aos critérios:

Sabendo como definir objetivos, precisamos saber por onde começar a formulação da estratégia. Uma ferramenta para a formulação estratégica é o BSC. O Balanced Score Card (BSC) permite de forma visual formular e analisar a estratégia da empresa através de 04 perspectiva, e assim estipular objetivos futuros e métricas, gerando um mapa estratégico.

Cada objetivo é desdobrado em um ou mais indicadores, os quais, por sua vez, recebem uma meta e têm uma iniciativa atrelada. Esta é a lógica por trás do Balanced Scorecard, ou, abreviadamente, BSC, onde a ideia central é a conexão entre as perspectivas, e o atingimento da visão de futuro traçada sistemicamente.

Um mapa estratégico é um gráfico que mostra uma conexão lógica de causa e efeito entre os objetivos estratégicos. É um dos elementos mais poderosos do BSC, pois é usado para comunicar rapidamente como o valor é criado pela organização.

Normalmente se inicia com os objetivos financeiro e a partir deste objetivos são pensados uma série de outros objetivos que estejam alinhados com a visão de futuro e a missão do negócio, e que auxiliem ou impactam nestes objetivos, através de uma relação de causa e efeito.

Em nosso exemplo, iniciando pela perspectiva do aprendizado e desdobrando-se até o financeiro. Na perspectiva de “Aprendizado”, se estabelece o objetivo estratégico de melhorar a capacidade técnica dos colaboradores. Essa é uma das formas de garantir a qualidade dos produtos e aumentar a lealdade dos clientes. Todos este objetivos refletem no objetivo financeiro de aumentar a rentabilidade do negócio.

Além do mapa estratégico, o BSC prevê a definição do painel de desempenho, onde cada objetivo deve ser implementado através de um indicador, uma meta e de ações estratégicas.

5. DESDOBRAMENTO E PLANO DE AÇÃO

De modo geral, um grande desafio para as empresas é fazer com que ações pontuais virem rotina. Com o planejamento estratégico não é diferente. Viver o planejamento estratégico que foi desenhado no dia a dia passa pela aplicação do método PDCA.

PDCA é a sigla para plan, do, check, act, ou seja, planejar, fazer, checar e agir. Aplicando o Ciclo PDCA à lógica do planejamento estratégico, temos 5 passos dentro do “planejar”: (1) definir Missão, Visão e Valores, (2) Analisar o ambiente mapeando forças, fraquezas, ameaças e oportunidades, (3) definir objetivos estratégicos e (4) desdobrá-los em indicadores, metas e iniciativas e, por fim, (5) elaborar os planos de ação. No item “fazer” temos justamente a execução dos planos de ação elaborados. No item “checar” verificamos se o plano está sendo cumprido e se está dando resultado. Esse acompanhamento é muito importante, pois é o que gera o engajamento da equipe para cumprir as ações. Por fim, o item “agir” envolve o ato de padronizar as ações ou corrigir o rumo do plano, caso o resultado esperado não esteja sendo atingido. Este item é a retroalimentação do ciclo, responsável pela melhoria contínua dos processos.

Para motivar cada colaborador com as ações, é imprescindível que o planejamento faça sentido e contemple o trabalho de cada uma das pessoas da empresa. Uma das formas de realizar este desdobramento é a implementação de planos de ação usando o modelo 5W2H para cada objetivo e meta estabelecido.

Assim a estratégia poderá chegar no dia a dia da empresa com uma definição clara dos componentes de execução.

Conhecer o ambiente no qual a empresa está inserida e posicionar-se diante dele são alguns pontos positivos que o planejamento estratégico traz. Em todas as organizações, pode-se observar posturas estratégicas que resultam de decisões deliberadas para influenciar o presente, ou de movimentos de reação ao acaso. É menor, no entanto, o número de organizações nas quais se encontram planos estratégicos explícitos e detalhado, com acompanhamento da execução do trabalho de forma estruturada, com a retroação do sistema de planejamento.       

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